Dificuldades de comportamento na escola: o que os pais podem fazer? 
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Dificuldades de comportamento na escola: o que os pais podem fazer? 

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As dificuldades de comportamento na escola são desafios cada vez mais comuns enfrentados por pais, educadores e crianças. A sala de aula, com suas regras e interações sociais, pode se tornar um ambiente desafiador para muitos alunos — especialmente aqueles que continuam desenvolvendo habilidades como autorregulação emocional, atenção e socialização. 


Quando essas dificuldades surgem, é fundamental que a escola e a família atuem em parceria, com empatia e estratégias práticas.


O comportamento da criança na escola é reflexo de uma série de fatores: desde questões emocionais e familiares até o ambiente escolar, o estilo de aprendizagem e até mesmo alterações neurobiológicas, como o TDAH. 


O primeiro passo, portanto, é observar os comportamentos com atenção e buscar entender as causas por trás das atitudes. Evitar julgamentos precipitados e rótulos é essencial para que a criança não se sinta incompreendida ou desmotivada.


Pais atentos têm um papel decisivo nesse processo. Estabelecer uma rotina estruturada em casa, oferecer apoio emocional e participar ativamente da vida escolar são atitudes que promovem segurança e confiança. Além disso, escutar a criança — e não apenas repreendê-la — é um caminho poderoso para identificar angústias, inseguranças ou necessidades não verbalizadas.


Neste contexto, é também fundamental manter um canal de diálogo aberto com a escola. Professores, orientadores e coordenadores podem ajudar a traçar estratégias que promovam a autorregulação emocional e o respeito aos limites. O comportamento inadequado, muitas vezes, é um pedido de ajuda disfarçado — e a resposta a ele deve ser educativa, e não punitiva.


Entendendo a relação entre comportamento e aprendizagem. 

Comportamento e aprendizagem estão profundamente entrelaçados no ambiente escolar. Quando uma criança apresenta dificuldades comportamentais — como agitação constante, agressividade, desatenção ou isolamento — esses sinais não apenas afetam a convivência em sala de aula, mas também comprometem diretamente seu rendimento escolar. 


Para os pais, compreender essa conexão é um passo essencial na busca por soluções efetivas.


É comum pensar que o comportamento inadequado surge por "falta de limites" ou "birra", mas, muitas vezes, ele é uma forma de comunicação. Crianças que enfrentam dificuldades de aprendizagem podem se sentir frustradas, envergonhadas ou ansiosas, e essas emoções acabam se manifestando em atitudes negativas. Por outro lado, comportamentos desafiadores podem dificultar a concentração, a assimilação de conteúdos e a participação em atividades em grupo — criando um ciclo que reforça os problemas.


A atenção dos pais a mudanças no comportamento pode ser o primeiro sinal de que algo não está bem. Observar com empatia, conversar com a criança e buscar apoio junto à escola são atitudes fundamentais. 


Professores, coordenadores e psicopedagogos podem ajudar a identificar se há alguma dificuldade de base, como transtornos de aprendizagem, questões emocionais ou desafios familiares interferindo no desempenho escolar.


Portanto, ao invés de focar apenas em corrigir o comportamento, os pais devem buscar entender suas causas. Esse olhar atento e acolhedor permite intervenções mais assertivas, favorecendo o desenvolvimento emocional e acadêmico da criança — e criando, assim, um ambiente escolar mais seguro e produtivo para todos.


Como estabelecer limites saudáveis e promover a autorregulação emocional. 

Diante das dificuldades de comportamento na escola, muitos pais se veem sem saber como agir. Um dos caminhos mais eficazes é estabelecer limites claros e, ao mesmo tempo, desenvolver a autorregulação emocional nas crianças. Limites saudáveis não significam rigidez extrema, mas sim diretrizes consistentes que ajudem a criança a compreender o que é esperado dela — e, principalmente, por quê.


Crianças que sabem quais comportamentos são adequados e que têm suas emoções acolhidas tendem a apresentar menos explosões, birras ou atitudes desafiadoras. Isso começa em casa, com rotinas previsíveis, regras bem definidas e consequências coerentes, aplicadas com firmeza e empatia. 


O “não” precisa vir acompanhado de explicações, mas também de escuta: entender o que a criança sente ajuda os pais a orientar sem punir.


Promover a autorregulação emocional significa ensinar a criança a reconhecer suas emoções, nomeá-las e lidar com elas de maneira adequada. Isso pode ser feito com práticas simples, como usar livros infantis para falar sobre sentimentos, brincar de “expressar emoções” ou utilizar momentos do dia a dia para mostrar como respirar fundo e esperar.


Pais que modelam o autocontrole, que não reagem com gritos ou agressividade, mostram na prática como lidar com frustrações. A parceria com a escola é essencial nesse processo, para alinhar estratégias e garantir que a criança receba os mesmos sinais em todos os ambientes.


Estabelecer limites com afeto e ensinar a lidar com as emoções são pilares para o bom comportamento e para o desenvolvimento emocional saudável.


A importância de trabalhar em parceria com a escola para entender as causas. 

Quando uma criança apresenta dificuldades de comportamento na escola, é natural que pais e responsáveis se preocupem — mas é essencial que essa preocupação se transforme em uma ação colaborativa com a escola. 


Muitos dos comportamentos que chamam a atenção, como agressividade, isolamento, desatenção ou impulsividade, não surgem do nada. Eles podem ser reflexos de fatores emocionais, sociais, familiares ou até mesmo pedagógicos que a criança ainda não consegue expressar de outra forma.


Nesse contexto, o diálogo constante entre pais e educadores é fundamental para compreender o que está por trás dessas atitudes. A escola, por estar em contato diário com o aluno em um ambiente de socialização e aprendizagem, possui observações valiosas sobre sua rotina, interações e reações diante de diferentes estímulos. 


Já a família pode trazer informações sobre mudanças recentes em casa, rotina de sono, alimentação, separações ou outras vivências que impactam diretamente o comportamento infantil.


Ao unir essas perspectivas, é possível construir uma visão mais completa da criança e, assim, identificar com maior precisão as causas do comportamento. Isso permite não apenas evitar julgamentos precipitados, mas também traçar estratégias conjuntas de apoio emocional, intervenções pedagógicas e, se necessário, encaminhamentos para acompanhamento psicológico.


Trabalhar em parceria com a escola é mais do que buscar soluções: é reconhecer que o desenvolvimento infantil é um processo coletivo, e que a escuta, o respeito e a cooperação são peças-chave para garantir o bem-estar da criança.


Criando rotinas estruturadas em casa para favorecer o comportamento escolar

A criação de rotinas estruturadas em casa é uma das estratégias mais eficazes para melhorar o comportamento das crianças na escola. Quando a criança sabe o que esperar ao longo do dia, ela se sente mais segura, o que contribui diretamente para sua autorregulação emocional e para a adaptação às regras escolares.


Rotinas bem definidas envolvem horários consistentes para acordar, tomar café, fazer as tarefas escolares, brincar e dormir. Essa previsibilidade ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a concentração, pois o cérebro da criança aprende a se preparar para cada momento do dia. 


Além disso, estabelecer momentos fixos para atividades como leitura ou organização do material escolar estimula a responsabilidade e o comprometimento com os estudos.


É importante que essas rotinas sejam planejadas com a participação da criança, sempre adaptadas à sua idade e ao seu ritmo. Envolver os pequenos no processo aumenta a adesão e fortalece a noção de pertencimento e cooperação. Recompensas simbólicas, como elogios sinceros ou um tempo extra de lazer, também ajudam a reforçar comportamentos positivos.


Por fim, vale lembrar que consistência é a chave. Mudanças frequentes ou excesso de flexibilidade podem confundir a criança e gerar comportamentos desafiadores. Com paciência, escuta ativa e limites claros, a rotina em casa se torna uma aliada poderosa na construção de atitudes mais equilibradas e saudáveis no ambiente escolar.


Conclusão

Lidar com dificuldades de comportamento na escola exige mais do que disciplina rígida ou cobranças por bons resultados. É um processo de construção conjunta entre família, escola e a própria criança.


Quando os pais reconhecem que o comportamento é parte do desenvolvimento e não uma falha de caráter, o caminho para o diálogo, acolhimento e orientação se abre de forma muito mais eficaz.


O acompanhamento atento da rotina escolar e doméstica permite identificar padrões e gatilhos. 


Uma criança que dorme mal, sente-se insegura ou vive um ambiente familiar instável tende a expressar seu desconforto no ambiente escolar — seja por meio da agressividade, da apatia ou da desatenção. Por isso, a criação de um ambiente seguro, com regras claras e afeto, é fundamental.


Investir na promoção da autorregulação emocional também traz benefícios duradouros. Atividades simples como jogos cooperativos, leitura compartilhada e conversas sobre sentimentos ajudam a criança a nomear emoções e compreender as consequências de suas atitudes. 


Mais do que “corrigir”, o papel dos pais é educar para que seus filhos consigam se desenvolver de forma saudável, com autonomia e empatia.


Outro ponto essencial é buscar ajuda quando necessário. Psicopedagogos, terapeutas ou mesmo a equipe pedagógica da escola podem contribuir com diagnósticos e estratégias mais assertivas. O importante é lembrar que nenhuma criança deseja ser “difícil”. Ela precisa ser compreendida.


Com paciência, consistência e afeto, é possível transformar desafios comportamentais em oportunidades de crescimento — para a criança, para a família e para toda a comunidade escolar.






 


 
 

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